Outro dia fui a uma festa de publicitários, promovida por uma conhecida agência da cidade. O propósito era comemorar os lucros obtidos este ano, que embora tenha começado cheio de incertezas, por causa da tal crise econômica, está terminando muito bem – pelo menos pra eles.
Pra entreter os convidados, uma garota – muito bonita, por sinal - distribuía, de mesa em mesa, balinhas e cartõezinhos para os convidados. Em cada um deles, havia uma pergunta para estimular o bate-papo nas mesas. Coisa de publicitário, que gosta de inventar moda e ter ideia pra tudo.
Mas nem precisava. A festa estava ótima, com buffet de primeira qualidade e bebidas de todos os tipos – às sete da noite, quando tudo estava apenas começando, os garçons já circulavam pelo salão com garrafas de red label nas bandejas.
Bom, mas vamos voltar à história dos cartões. Num deles, havia a seguinte pergunta: você prefere batata ou mandioca? Pergunta besta, se considerarmos que foi elaborada por gente paga fazer justamente o contrário. É o mesmo que perguntar: você prefere suco de uva ou de abacaxi? E daí?
Apesar disso, uma amiga do serviço resolveu fazer a pergunta à garçonete – uma loira, de média estatura e cabelos encaracolados -, que acabava de chegar à nossa mesa, trazendo deliciosos salgadinhos. Pra não parecer antipática ou deselegante, ela respondeu, com um sorriso no rosto. Mas antes, parou, pensou … e disparou:
- Mandioca.
Imediatamente, a tal amiga do serviço retrucou: - Sa-fa-di-nha, hein?
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