Não dá pra confiar. Mesmo que no convite, entre os patrocinadores, estejam estampadas as marcas de grandes empresas públicas e privadas. Nem sempre, meu amigo, isso é sinônimo de fartura e qualidade.
Mas fui exatamente pensando o contrário. E nem tinha como não ser. Além do mais, o papel dizia assim: "Você é o nosso convidado para o coquetel de lançamento do projeto...".
Até aí tudo bem. Mas se a ênfase está sendo dada ao coquetel - e foi dada, querendo ou não -, que se dê a devida importância a ele.
No cardápio: três tipos de salgados - que, diga-se, estavam frios, gordurosos e com gosto duvidoso. Pra beber, água e refrigerante. Cerveja gelada que é bom, nada.
No início deu até pra encarar. Afinal, o "evento" estava só começando e a esperança era de que, mais tarde, os pratos quentes ainda pudessem ser servidos. Que nada!
Até o gordinho da mesa ao lado logo começou a recusar os "quitutes". Na presença do garçom, apenas erguia o braço e mostrava a palma da mão em sinal de "pare".
Ao fim, depois da falação típica, um espumantezinho pra salvar a noite e tapear a fome, que àquela altura já corroía meu estômago.
Pelo menos deu pra aguentar, não fosse o cachorro quente da Dona Vera que comi no final da tarde, num trailer perto da faculdade.
Como de praxe, sempre quentinho, saboroso e caprichado. Hummmm ...
Como de praxe, sempre quentinho, saboroso e caprichado. Hummmm ...
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